A maioria dos produtos de higiene que prometem matar bactérias tem, na sua composição, o composto triclosan, um agente antibacteriano encontrado em vários produtos de consumo, incluindo os sabões, detergentes e outros produtos para tratamentos de limpeza da pele.
A sua eficácia como agente antimicrobiano e o potencial risco de induzir resistência bacteriana permanece controverso quanto aos efeitos potenciais sobre o organismo e a saúde ambiental.
Usar o sabonete rotulado como “antibacteriano” ou “antisséptico” não necessariamente reduz o risco de adoecer ou de transmitir doenças para outras pessoas - na verdade, não há evidências de que sabonetes antibacterianos sejam mais eficazes do que os convencionais.
Além disso, a exposição a longo prazo a alguns ingredientes desses produtos, como o triclosan, pode representar riscos à saúde, como o desenvolvimento de resistência bacteriana e o risco de sensibilização com aumento na suscetibilidade a alergias (Rees Clayton EM et al., 2003-2006) com desenvolvimento de dermatite alérgica de contato ou dermatite irritativa de contato. A dermatite de contato por triclosan (eczema de contato) é uma reação inflamatória na pele decorrente da exposição ao agente, capaz de causar irritação ou alergia de tipo retardado. Está associado com danos ao fígado e maior risco de câncer e cirrose (YUEH et al., 2014) e com diminuição no nível dos hormônios da tireoide (Veldhoen et al., 2006).
O triclosan é usado em produtos comuns, como anti-séptico e conservante, em cosméticos, sabonetes, loções, desodorantes, creme dental, entre outros.
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